quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Convento dos Frades Trinos / Biblioteca Municipal de Miranda do Douro

Arquitectura religiosa, barroca e contemporânea. Igreja trina, de planta longitudinal com nave de dois tramos com contrafortes exteriores, transepto saliente e capela-mor. Fachada principal rasgada por portal em arco abatido, enquadrado por colunas coríntias, sobrepujadas por entablamento, encimada por janela e dois nichos; remata em espaldar recortado e cornija, sobre entablamento. Fachadas laterais rasgadas por janelas de perfis diferentes, rectilíneo e em arco abatido, e por vãos de volta perfeita, a do lado esquerdo com sineira de duas ventanas de volta perfeita, com remate em empena curva com cornija. Interior com coberturas em abóbada de berço e aresta, com dois tramos definidos por pilastras toscanas e arco toral, Arco triunfal de volta perfeita e púlpito rectangular no lado do Evangelho.

Enquadramento urbano, isolado, com integração harmónica no interior do Castelo de Miranda do Douro, implantado na extremidade S. da cidadela, próximo de uma das suas entradas, defronte de rua calcetada com calçada à portuguesa e guia central em cantaria, sendo enquadrado pela Casa dos Magistrados, à esquerda, e pelo Quartel da GNR, à direita.

Cronologia
- 1718 - autorização de D. João V para se fundar o Convento da Ordem da Santíssima Trindade;
- 1718 / 1719 - início da construção, em casas doadas por Francisco Xavier Oldas Sarmento;
- 1728 - concessão, pelo bispo de Miranda do Douro, D. João de Sousa Carvalho, de um retábulo guardado na Sé de Miranda para ser colocado na igreja;
- 1744 - morte do fundador, sepultado na igreja;
- 1758 - reformulação e ampliação da igreja, por donativo do cónego Manuel Gonçalves Gamboa;
- 1834 - extinção da Ordem da Santíssima Trindade;
- 1998 - remodelação do edifício, transformando-o em Biblioteca Municipal, segundo projecto dos arquitectos Carlos Guimarães e Luís Soares Carneiro.

Características Particulares
Igreja de um convento barroco, remodelada e adaptada a Biblioteca Municipal, mantendo parte da estrutura primitiva, permitindo uma correcta leitura da organização espacial. A fachada principal, mais cuidada, apresenta portal com colunas sobre plintos decorados, pedra de fecho também decorada e, sobre entablamento, duas urnas; sobre o remate, o escudo da Ordem, flanqueado por nichos concheados com avental e grande cornija. Mantém vestígios de ter tido construções adossadas. As fachadas laterais ostentam, em cada pano, vestígios de vãos em arco de volta perfeita, actualmente entaipados e que ligavam à igreja às dependências conventuais. O projecto manteve, isolada, formando um pátio, a fachada posterior da capela-mor, onde é visível o arco que recebia o retábulo-mor. O coro-alto era, considerando os arranques, muito amplo, ocupando todo o primeiro tramo e assentava em arco abatidos, sendo também visíveis os nichos que recebiam os altares laterais, surgindo, num deles, tampa sepulcral do fundador, epigrafada. Portal axial com perfil diferente no interior, em arco abatido. Mantém púlpito assente em consola muito decorada e bacia com frisos lavrados.
Capela-mor: fachada lateral direita.
Interior da antiga nave.
Cobertura da antiga igreja.
Vista da divisão da nave em dois pisos.

abraces algarvi'sh!!!

ps: Têxt'e fót'sh'aqui (Monumentos).

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